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Por dentro da comunicação interna

Engajar os colaboradores e colocar todo mundo na mesma página ainda é um baita desafio corporativo. Unificar o discurso da porta para dentro e da porta para fora também

Marilise Mônaco: comunicação boa é a que chega, engaja e faz sentido
Marilise Mônaco: comunicação boa é a que chega, engaja e faz sentido

Entre os vários abacaxis que as empresas precisam descascar, a comunicação interna é provavelmente um dos mais complicados. Em muitas organizações, é essa a área que segura a bronca de manter todo mundo bem informado (e engajado, de preferência).


Para entender melhor como anda essa questão, a gente conversou com Marilise Mônaco, consultora especializada em comunicação corporativa, que trabalhou em empresas como Raízen, GPA e Carrefour. Ela contou que, embora a pandemia tenha jogado um holofote em cima da área, o maior desafio continua sendo engajar os colaboradores e alinhar todo mundo à cultura corporativa. Essa é a dor de 59% dos profissionais ouvidos na quarta edição da pesquisa Comunicação Interna Trends, feita pela Indicafix e Progic. Marilise trouxe boas reflexões sobre o tema.


Como anda a comunicação interna? Se para as  empresas a missão continua sendo engajar e alinhar o time à cultura organizacional, o que acontece do lado dos colaboradores comprova que isso é realmente uma questão a ser resolvida. Para se ter uma ideia, uma pesquisa global da Gallup mostrou que apenas 34% dos colaboradores se sentem engajados no trabalho.


E tem mais: em grandes companhias, principalmente dos setores industrial, varejista e do agronegócio, muitos colaboradores ainda não têm acesso ao computador. Em cada 10 empresas, apenas 3 dizem que todos os funcionários estão conectados. Isso limita (e muito!) o alcance das mensagens e faz com que os líderes acabem virando o principal canal de comunicação.


RH ou Marketing - eis a questão

Ainda há muitas empresas que deixam a comunicação interna com o RH e a externa com o Marketing. Só que, para tudo fazer sentido, essas áreas precisam andar juntas. Afinal, o colaborador é multicanal: está no WhatsApp, na intranet, nas redes sociais da empresa, lendo notícias sobre o lugar onde trabalha etc. Por isso, eu defendo uma comunicação integrada, com visão 360. Assim, cultura, reputação e estratégia caminham juntas – e fazem sentido para quem está dentro e fora da empresa.


Para cada público, uma mensagem Dentro da mesma empresa, tem líderes, gente da operação, das áreas técnicas... Ou seja: muitos públicos diferentes que pedem uma comunicação personalizada.


"Não dá para usar o mesmo texto ou formato para todo mundo. Por isso, o segredo é ir a campo, entender quem é quem, testar formatos, escolher os canais certos e adaptar a linguagem. Comunicação boa é comunicação que chega, faz sentido e engaja", Marilise Mônaco, consultora de comunicação corporativa

O papel da liderança

Os líderes continuam sendo os grandes aliados da comunicação interna — pelo menos na teoria. Segundo a pesquisa Tendências de Comunicação Interna 2025, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), engajar a liderança como canal de comunicação é um desafio que se repete ano após ano.

O excesso de mensagens (e-mails, chats, redes internas...)  leva à infoxicação: uma sobrecarga de informações que tira o foco, diminui a produtividade e pode até causar burnout. Não é à toa que, de acordo com o levantamento, apenas  55% dos colaboradores consideram eficaz a comunicação feita pelos seus chefes.


Agentes e influenciadores: o time da vida real

Pessoas se conectam com... pessoas. Simples assim. É por isso que a comunicação feita por agentes e influenciadores internos está crescendo. Eles mostram o dia a dia da empresa de forma mais real, mais próxima — e mais humana. Enquanto os agentes atuam localmente, ajudando a comunicação a captar pautas, detectar tendências e chegar na ponta, os influenciadores têm uma pegada transversal, com um alcance maior.


Iniciativas como Fala Magalu, Influencers Nestlé e Vivo Creators, para citar três exemplos, transformaram colaboradores em porta-vozes da cultura organizacional. Em 2006, eu

mesma participei da criação de um programa como esse no Carrefour, que envolveu 170 colaboradores espalhados pelo Brasil. E, a partir de 2020, repliquei essa modelo na Raízen.


IA: uma grande aliada

A Inteligência Artificial ajuda a comunicação interna a ser mais estratégica, rápida e precisa — e, o que é mais importante, sem perder a sensibilidade. Essa tecnologia pode ser muito útil em três frentes:

  • produção de conteúdo personalizado, com tom de voz e persona ajustados;

  • análise de dados para ir além de curtidas e cliques;

  • geração de insights - a IA Insights da Dialog, por exemplo, que é uma plataforma de comunicação interna criada por empreendedores brasileiros, cruza os dados da empresa com o comportamento dos colaboradores para entregar sugestões certeiras.

O melhor canal

Antes de sair produzindo conteúdo, é preciso entender quem é o seu público, onde ele está, como se comunica, em que turno trabalha, que idioma fala... Com essas respostas em mãos, dá para olhar para as tendências. Segundo o CI Trends 2025, os canais mais eficientes hoje são e-mail, chat interno e intranet. Na outra ponta, vêm ganhando espaço (e orçamento) o podcast, a TV corporativa, as redes sociais internas e o WhatsApp corporativo. Ou seja: mais formatos, mais acessos e mais chances de falar com quem importa.


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