Videocast ou podcast: o que é melhor para o seu projeto de comunicação?
- Jabuticaba Conteúdo
- há 18 minutos
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A escolha entre um e outro depende, basicamente, de dois fatores: o que a marca pretende e quanto está disposta a investir. Uma coisa é certa: na guerra pela atenção, a qualidade da produção faz toda a diferença

Desde que plataformas como YouTube e Spotify passaram a oferecer a possibilidade do podcast com vídeo, batizado de videocast, os profissionais de comunicação tem-se deparado com muitas dúvidas: onde investir sua verba, só em áudio ou na combinação de áudio e vídeo? Qual formato vai dar o melhor retorno sobre o investimento? Será que o custo adicional do videocast traz algum benefício extra? Foi exatamente essas dúvidas que o relatório Podcast Marketing Trends: Cost of Attention Report, publicado recentemente pela americana Podcast Marketing Academy (PMA) e pela Lower Street, tenta responder.
Para começo de conversa, alguns dados do relatório:
Em média, o videocast custa 3,6 vezes mais do que o podcast no mercado americano. Por lá, o orçamento médio mensal de produção de um videocast é de US$ 3.303,00 e de um podcast é de US$ 922,00 (a comparação foi feita com títulos com 10 mil reproduções mensais).
O tempo de produção de um e de outro é semelhante: cerca de 9 horas.
A diferença de custo é explicada pela complexidade da produção do vídeo, que exige mais equipamentos e mais profissionais. Por exemplo: cada um dos cinco episódios do videocast Conselhos de Valor, que a Jabuticaba produziu em parceria com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), exigiu, além dos equipamentos, uma equipe técnica de seis profissionais entre roteirista, produtor, diretor, cinegrafistas e editor. No caso de um podcast como o Mulheres de 50, que também é produzido pela Jabuticaba, a equipe é mais enxuta (roteirista e produtor) e é necessário apenas uma assinatura do aplicativo Zoom para a gravação. Como não é ao vivo, requer também um profissional e equipamento para fazer a edição do material bruto (inclusão de vinhetas, eventuais cortes etc).

Também não dá para esquecer que o podcast é imbatível também em outro quesito: a logística, já que é possível fazer gravações remotas e "reunir" pessoas de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Essa, aliás, é a realidade do Mulheres de 50: Tereza mora em São Paulo e suas irmãs, no Paraná e em Mato Grosso do Sul e, mais de uma vez, as quatro entrevistaram convidados de outros países. O único episódio no formato videocast foi o centésimo, gravado durante um encontro das irmãs na cidade de Toledo, interior do Paraná. Qual o preço da atenção?
Voltando às perguntas iniciais deste texto, vejamos algumas conclusões da pesquisa, que incluiu entrevistas com mais de 300 podcasters e outros profissionais de audiovisual e a análise de mais de 50 mil episódios de podcasts e videocasts com 3,7 bilhões de downloads e 133 milhões de visualizações no YouTube. Importante dizer que toda a análise se refere a investimentos nessas mídias como ferramenta de marketing para atrair e reter clientes.
Videocasts têm quase 50% mais reproduções que podcasts;
O tempo dedicado a ouvir videocasts é 42% maior. O curioso é que a maior parte desse tempo acontece em canais de áudio. Segundo os pesquisadores, isso mostra que o áudio é ótimo para manter a atenção depois que o interesse é conquistado.
Videocasts tendem a ter públicos maiores em quase todas as plataformas cruzadas (como e-mail, X e Instagram).
Os podcasts têm tamanhos médios de público maiores em metade das plataformas pesquisadas, incluindo o próprio YouTube.
Se não houver restrição de orçamento, o videocast é mais indicado para reforçar e aumentar a presença da marca no mercado. Agora, se o foco é custo-benefício e atenção, o podcast resolve o assunto, já que um bom conteúdo em áudio também consegue cativar a audiência.
Os pesquisadores afirmam que o podcast é uma boa ferramenta para empresas que vendem produtos caros, porque para esse tipo de venda, as pessoas precisam ter uma relação de confiança com a marca — e o podcast ajuda a construir essa confiança. Ou seja, os programas apenas com áudio não são uma ferramenta que funcionem para atrair muitos clientes, mas sim para conquistar clientes que vão gastar porque confiam na marca.
Noves fora, uma coisa é certa: em mensagens transmitidas com imagens e áudio ou somente com áudio precisam evitar a armadilha da improvisação, já que não basta ter uma boa ideia na cabeça e uma câmera ou um gravador na mão. É justamente o contrário, aliás, porque a produção de um videocast ou de um podcast exige planejamento e envolve etapas, como pensar e apresentar o conteúdo de acordo com o público que se deseja atingir, além de escolher o melhor formato para cada tipo de plataforma.
Tanto em um como em outro caso, a Jabuticaba ajuda você a escolher o formato certo para atrair o seu público e a contar sua história - seja em podcasts, em videocasts, e também em vídeos, livros, relatórios… E aí, vamos conversar?
Assista aos seis episódios do videocast Conselhos de Valor no YouTube da Jabuticaba.
Ouça ao podcast Mulheres de 50 no Spotify
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