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Como trabalhar a comunicação sobre Governança, o G do ESG

Parte 3: Decifrando a letra G


O G de ESG está ligado às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas. Tem a ver com a forma como elas são dirigidas e monitoradas – de forma transparente. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), isso engloba “aspectos como o relacionamento entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e partes interessadas”. Entram no tema, por exemplo, conduta corporativa, composição do conselho e sua independência, práticas anticorrupção, existência de canais de denúncias sobre casos de discriminação, assédio e corrupção, além de auditorias internas e externas. Para o IBGC, a governança corporativa está baseada em quatro pilares: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.


Neste espaço, queremos nos deter no pilar “transparência”. De acordo com o Código das Melhores Práticas do IBGC, transparência “consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização”.


Não é errado dizer que o G está intimamente relacionado às outras duas letrinhas, uma vez que as ações de governança têm impacto no ambiental e no social. Do carbono zero à economia circular, tudo passa por decisões de governança. A questão é como comunicar o G sem exagerar nas conquistas ou sem esconder o que ainda precisa ser feito. Para evitar esses erros, você deve ser transparente ao relatar os esforços ESG. Aqui, alguns conselhos dos especialistas:

Dica n.º 1 - É sempre um processo, nunca uma linha de chegada - Para ganhar a confiança dos stakeholders, mostre como a empresa está ajustando seus sistemas e estratégias para adotar práticas éticas e sustentáveis. Mostre os esforços que não deram resultado, juntamente com informações sobre como você pretende corrigir situações em que ficou abaixo das expectativas.

Dica n.º 2 - Centralize seu conteúdo – reúna todas as informações sobre ESG num lugar fácil de serem encontradas pelo público em geral. Você pode criar no site corporativo uma área para hospedar relatórios, resultados, comunicados à imprensa, vídeos feitos especialmente sobre o tema. Dê visibilidade às ações - afinal, como vimos, a letra G tem tudo a ver com transparência.

Dica n.º 3 - Muito importante: a comunicação de suas estratégias ESG não requer novas ferramentas ou canais. Seus canais atuais (site, contas corporativas de mídia social, rede social interna etc.) devem ser o primeiro ponto de referência para informações claras e transparentes sobre práticas ambientais, sociais e de governança.

Dica n.º 4 - Nunca é demais lembrar: pratique o que você comunica. Em 2019, a varejista de moda britânica Boohoo foi acusada de ter uma estrutura inadequada de governança corporativa, com líderes pouco éticos e controles internos deficientes quando se descobriu que a empresa permitiu que fornecedores terceirizados pagassem menos do que um salário mínimo aos seus trabalhadores. Em setembro último, tentando limpar sua imagem, a mesma empresa lançou uma linha chamada “sustainability and style" (sustentabilidade e estilo) tendo a americana Kourtney Kardashian como garota-propaganda, mas logo a marca foi acusada de greenwashing, já que continua sob investigação pelo caso de 2019.

Dica n.º 5 - Dê visibilidade aos líderes que abraçam as causas do ESG. Numa cultura verdadeiramente sustentável, os líderes precisam ser vistos dando o exemplo certo. Mostre aos seus stakeholders que eles estão conduzindo a organização para um futuro sustentável. Funcionários fora do C-suite também podem ser vozes poderosas em tópicos ESG, tanto nas mídias sociais quanto em canais externos, como podcasts ou webinars.

Dica n.º 6 - O CEO é carismático e adora subir ao palco? Então, crie oportunidades de palestras e entrevistas focadas em questões de ESG e sustentabilidade, onde ele possa falar sobre a experiência de sua empresa.

Dica n.º 7 - A boa comunicação precisa mostrar resultados – e você não terá resultados para mostrar se não medir os esforços feitos, quanto conquistou e quanto ainda falta conquistar. Faça relatos regulares sobre os impactos das políticas de ESG e o progresso alcançado.

Dica n.º 8 - Você já produz um relatório anual focado no desempenho financeiro? Basta transformá-lo num relatório ESG, mais completo e transparente. Algumas empresas o chamam de “relato integrado”. Os relatórios ESG podem ser feitos de forma mais criativa e usados ​​como uma ferramenta para alcançar novos públicos interessados ​​em sustentabilidade e impacto social. Ele pode ser impresso e/ou digital.


Como vimos, não basta atuar sob os parâmetros do ESG. É preciso mostrar o que já foi feito, o que está em andamento e o que ainda falta fazer. Isso requer máxima transparência. E, para isso, uma boa estratégia de comunicação é fundamental.


Como a Jabuticaba pode ajudar


A seguir, um exemplo de projeto de comunicação produzido pela Jabuticaba Conteúdo que contribuiu para a comunicação ambiental do cliente:



Saiba mais sobre a comunicação sobre Governança:


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