Comunicação interna em modo turbo
- Jabuticaba Conteúdo
- 30 de set.
- 3 min de leitura
Conectar pessoas, aproximar níveis hierárquicos e melhorar o ambiente de trabalho….Acredite: a rede social corporativa é capaz de tudo isso

No acelerado mundo das empresas, a comunicação interna precisa ser mais do que eficiente - ela tem que ser viva, dinâmica e capaz de capturar a atenção dos colaboradores - e, em um cenário ideal, de conquistar também o comprometimento deles com a mensagem. É aí que entram as redes sociais corporativas, ferramentas que criam um espaço digital onde todo mundo fala com todo mundo. “Para mim, o maior ganho é conectar as pessoas e aproximar os níveis hierárquicos, fazendo, por exemplo, o presidente conversar com um colaborador da base quase em tempo real”, conta Bruna Lima, Gerente de Comunicação da Diageo. Bruna conta que é fã deste tipo de ferramenta desde 2017, quando ainda trabalhava na área de Comunicação da Votorantim Cimentos, e a empresa decidiu adotar o Workplace, que funcionava como um “Facebook” corporativo (em 2024, a Meta anunciou a descontinuidade da plataforma). Na época, segundo ela, a intranet não dava conta de todas as informações que a empresa precisava passar para o time. “No início, foi uma briga. Depois, as pessoas se acostumaram, porque sabiam que os informes da empresa iam todos para a rede interna”, lembra.
“A empresa tinha milhares de colaboradores espalhados pelo Brasil e em outros países e, além da comunicação em si, a gente precisava que todos se sentissem parte da mesma organização. Era uma questão de aumentar o senso de pertencimento, mesmo”, comenta. Outro ponto positivo dessas plataformas é tornar a comunicação colaborativa, já que os próprios funcionários passam a produzir alguns conteúdos. Bruna se envolveu tanto com o Workplace que virou uma espécie de "embaixadora" da plataforma, sendo requisitada por diversas empresas para compartilhar sua experiência. Em 2022, ela falou sobre isso na websérie Insiders - Os protagonistas da Comunicação Interna, que a Jabuticaba Conteúdo produziu em parceria com a Aberje. Assista abaixo:
“Com a rede social corporativa, a área de Comunicação deixa de atuar apenas como criadora de conteúdo e passa a ser curadora também" Bruna Lima, Gerente de Comunicação da Diageo
Quando foi para Diageo, em fevereiro de 2024, uma das missões de Bruna era implantar uma rede social corporativa na empresa de bebidas. Atualmente, a comunicação interna na matriz brasileira é toda feita via rede social corporativs, inclusive as campanhas publicitárias, que são apresentadas aos colaboradores em primeira mão ali. Por email, seguem apenas highlights semanais e uma mensagem ou outra que demande algum tipo de ação. Bruna reconhece que essas ferramentas não são para todas as organizações. Segundo ela, antes de qualquer coisa, é preciso entender a cultura. “Eu, por exemplo, nunca tive o objetivo de conseguir 100% de adesão. Tem gente que só entra na rede para checar os comunicados internos”, diz.
Canal único de comunicação
No mais, ela recomenda que a empresa escolha uma plataforma intuitiva que não sobrecarregue o sistema da empresa e que tenha uma versão mobile para que as pessoas acessem de qualquer lugar. Para uma implementação bem-sucedida, Bruna recomenda envolver a liderança. Normalmente, a área de Comunicação acha que basta informar os gestores que a empresa terá uma rede social interna a partir de determinada data. Isso, segundo ela, é um erro, já que é preciso, entre outras coisas, mostrar como a ferramenta vai ser útil em cada área. “A ideia é que os líderes sejam consultores de suas equipes. Se você conquistar o engajamento deles, fica mais fácil fazer o mesmo com os times”, explica Bruna.
Campanhas internas para apresentar a rede como área de troca de ideias, de reconhecimento profissional e até como espaço de descontração também são bem-vindas, assim como incentivar a criação de grupos de interesse (hobby, esportes, causas sociais) para ampliar o uso além do trabalho.
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